O que é Gestão Eletrônica de Documentos
Gestão Eletrônica de Documentos? Por que é importante conhecer sobre isso? Pense por um instante:…
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O que é? Nesse texto farei uma introdução a respeito deste importante assunto. Falarei sobre de onde essa lei surgiu e qual é o seu objetivo.
Foi o tempo que o consumidor entrava em contato com a empresa, comprava algum produto ou serviço, e ia para casa. Ou seja, a única troca entre empresa e consumidor era produto e dinheiro.
Atualmente, essa troca continua a acontecer, mas com um adicional: quando empresa e consumidor interagem, ambos trocam dados. Hoje, qualquer compra, qualquer visita a um site, faz com que a empresa acabe obtendo alguns dados do consumidor. Com o avanço da tecnologia, o número de dados que as empresas acumulam dos consumidores cresceu exponencialmente. Você ficaria surpreso se soubesse quantos dados estão espalhados por inúmeros estabelecimentos e sites.
Mas uma pergunta pode estar pairando no ar: o que aconteceria se esses dados vazarem? Essa possibilidade existe? Sim, ela existe e é bem real. Então, você pode imaginar as consequências se isso viesse a acontecer? Sendo sincero, você não pode. Ninguém pode dimensionar as consequências de um vazamento de dados na atual conjuntura.
Então, foi por causa dessa seriedade que entrou em vigor em setembro de 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Obviamente, que os governos, de forma geral, tratam proteção de dados como algo sério há muito tempo. Tanto que a União Europeia em 1995, criou a Data Protection Directive (Conduta de Produção de Dados). Mas com o avanço da tecnologia, o número de dados de consumidores aumentou consideravelmente. Fazendo com que fosse necessária uma atualização dessa lei que não contemplava as novas tecnologias.
Visando sanar essa lacuna, a União Europeia aprovou em 2018 a General Data Protection Regulation (GDPR), numa tradução livre Regulamento Geral de Proteção de Dados. O objetivo dessa lei era oferecer privacidade daqueles que usam a internet. Isso ofereceria ao consumidor uma maior autonomia sobre as informações que as empresas possuem.
Assim, o consumidor passou a ter o controle de aceitar se iria passar dados pessoais para as empresas e quais dados ele concederia acesso.
O Brasil, segundo a análise do Panorama de Ciberameaças na América Latina, é o país que mais sofre ataques cibernéticos na América Latina e o segundo colocado em todo mundo.
Assim, o país passou a discutir uma lei que protegesse a privacidade dos consumidores. O primeiro passo para isso ocorreu em 2010, quando houve consultas públicas de como essa proteção deveria acontecer.
Em 2012 o Congresso aprovou a a Lei 12.737 Carolina Dieckmann, que criminalizava a invasão de aparelhos eletrônicos que visavam o roubo de dados pessoais. Dois anos depois, em 2014, o Congresso aprovou a Lei 12.965 Marco Civil da Internet, que visava garantir uma privacidade aos dados da internet.
Até que finalmente, em 2018, após a União Europeia sancionar a General Data Protection Regulation (GDPR), o Brasil criou a Lei 13.709 Proteção de Dados, que ficaria conhecida como Lei de Proteção Geral de Dados (LGPD).
Após muita discussão, em junho de 2020, essa lei se transformou na Lei 14.010/2020, entrando em vigência em agosto do mesmo ano, mas que as sanções só começariam a valer em agosto de 2021.
Portanto, o principal objetivo da LGPD é assegurar o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais dos usuários, através de iniciativas que conscientizem de forma clara e objetiva o destino dos dados do usuário.
O órgão responsável por isso é a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que terá uma atuação semelhante a do PROCON.
A lei caracterizou esses dados em quatro diferentes categorias:
Sendo assim, ficou estabelecidos os direitos que os consumidores teriam sobre seus dados:
Dessa forma, a incomoda situação de uma pessoa aleatória te ligar, mandar e-mail ou mensagem, oferecendo produto sem sua autorização prévia, será cada vez mais rara. Visto que pela LGPD, tal ato será enquadrado como crime e passível de processo.
Por isso, as empresas devem buscar se adequar o mais rápido possível a essa lei.
Ficou interessado no assunto? Fique atento aos próximos artigos que serão postados.